Caroline Soares, Gerente de Supply Chain da Pitney Bowes Brasil, falou sobre o tema
Talvez você esteja se perguntando: afinal, por que a área de Supply Chain precisa se adequar ao ESG e qual sua relação com a marca de uma empresa? A resposta é simples, é a capacidade de se adequar a um mercado cada vez mais exigente, sustentável e competitivo. De acordo com uma pesquisa sobre ESG da PwC Brasil, realizada em 2020, 47% dos participantes afirmaram que o acesso às informações de ESG é tão importante quanto as informações financeiras da empresa.
Para Caroline Soares, é muito importante que as empresas deem ênfase às iniciativas de ESG, pois os consumidores exigem que as companhias adotem práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental (uso de energia, disponibilização de resíduos e seleção de matérias primas de baixo impacto na natureza) e também se comprometam do ponto de vista ético e de inclusão social.
“A eclosão da pandemia do coronavírus no ano retrasado e seus impactos gigantescos sobre as pessoas ajudaram a reforçar essa tendência. Com isso, o que no passado se restringia a estratégias de marketing passou a ser incorporado nas estruturas mais profundas das corporações, a partir de métricas e regras estabelecidas por instituições globais como a Organização das Nações Unidas e o Fórum Econômico Mundial”, comenta Caroline.
Caroline acrescenta que como a área de Supply Chain liga todas as pontas, conectando indústrias, distribuidores e varejistas de todos os setores aos consumidores, ela precisa “servir de exemplo” no que diz respeito ao ESG.
No caso da Pitney Bowes, as práticas envolvem os pedidos realizados na loja de suprimentos, envolvendo etapas desde a compra de insumos para que essa entrega ocorra (embalagem, fitas e comunicações), até o manuseio e práticas utilizadas pela equipe para que os produtos sejam entregues da melhor maneira possível aos clientes.
Para Caroline, quando diferentes empresas estão alinhadas sob uma mesma visão de mundo, as parcerias acontecem com mais naturalidade, e resultam em relações comerciais mais sólidas. Além disso, a empresa passa a ser considerada como exemplo também pelos consumidores, como é o caso dos clientes da Pitney Bowes, que recebem um flyer explicativo de todos os processos de ESG adotados para que o produto dele chegue em suas mãos.
A empresa conseguiu reduzir a utilização de fitas adesivas para embalagens em 76%, em relação ao ano de 2021 e 2022. Já a utilização de plástico bolha foi reduzida em 45%, a diminuição no uso dos filmes stretch em 66% e 36% de redução das despesas com insumos para embalagens, no mesmo período.
Uma empresa bem-conceituada, em termos de ESG, passa a ser referência para as outras, em um efeito dominó que reverbera por toda a cadeia. Em 2022, a Pitney Bowes conquistou o selo Great Place to Work, como melhor empresa a se trabalhar no segmento de Tecnologia, isso reflete não somente as práticas de sustentabilidade, mas também no compromisso social da empresa com seus colaboradores e clientes, fazendo o certo do jeito certo.
“Quando a empresa adota práticas ESG, muitos benefícios podem ser enxergados pelos consumidores finais, como, por exemplo, conseguimos transmitir confiança, uma vez que nossos processos são transparentes e nossa ações mitigam riscos. Além disso, buscamos alternativas sustentáveis para nosso negócio, refletindo no nosso produto e serviços que oferecemos, com tecnologia e processos mais limpos e modernos”, finaliza Soares.
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