top of page

Especialista explica por que na guerra por talentos a flexibilidade é a arma mais poderosa

A flexibilidade é hoje uma das armas mais poderosas de uma empresa. A afirmação foi feita por Tiago Alves, CEO da Regus & Spaces, durante o evento Smart Meeting – Inovação no mercado de Real Estate, realizado pela Pitney Bowes


Segundo o especialista, atualmente, trabalhar oito horas não é mais um parâmetro para definir a produtividade de um colaborador. Para ele, é preciso avaliar a produção de cada um considerando não apenas o tempo gasto no trabalho, mas sim o que é realizado durante esse tempo. “Focar na eficiência e na qualidade do trabalho traz resultados melhores do que simplesmente passar um determinado número de horas no escritório”, afirma ele.


Alves ressaltou que a pandemia obrigou as empresas a adotarem o home office, uma vez que não havia políticas para isso. “Eu costumo dizer que o termo mais apropriado para o que aconteceu é ‘home forced’. Não havia estrutura e foi preciso criar uma cultura praticamente do zero”, opina. O especialista reforça que foram muitos aprendizados, entre eles, gerenciamento de tempo, mais foco, mais agilidade, redução de custos e até o dress code menos rígido.


“Hoje, faz muita diferença contar com um modelo de trabalho mais flexível na hora de contratar. As novas gerações não se submetem mais à rigidez de horários e fica cada vez mais difícil reter os talentos com empregos CLTs tradicionais. Não é isso que eles procuram”, analisa Alves. Ele, inclusive, mencionou uma pesquisa indicando que os motivos para pedir demissão mudaram atualmente. “É comum recebermos feedbacks como: meu espaço de trabalho não tem flexibilidade ou não é seguro; ou ainda: minha empresa exige que eu me desloque muito”, comenta ele, lembrando que esse é o perfil dos millennials e da geração ZX.


Durante a palestra, Alves lembrou que as empresas precisam repensar a flexibilidade como uma estratégia para reter talentos. Conforme seu raciocínio, se a empresa não vai adotar o trabalho 100% presencial, mas entende que trabalhar de casa não é o ideal, é preciso pensar na coluna do meio: o modelo híbrido.


“Observamos que cada vez mais mescla-se os dois conceitos. Muitas companhias adotam hoje o TQQ – presencial de terça a quinta. Em São Paulo, a quinta-feira é a nova sexta, inclusive até o trânsito mudou, está muito mais intenso nesse dia. Esta tendência indica

que a interação presencial continua em alta, mas a flexibilidade deve ser colocada em primeiro plano para atender também os interesses dos colaboradores”, reflete Alves.


O CEO lembra também que há muitas formas de flexibilizar o trabalho: localização, jornada, remuneração e até gestão. “Os últimos dois pontos podem ser medidos também por performance. Mais uma vez, reforço que controlar hora não define produtividade”, lembra ele.


Para finalizar, Alves recorda que as empresas estão em constante evolução e que sua expectativa de vida mudou muito. “No início do século passado, esperava-se que uma empresa durasse 50 anos. Esse tempo vem reduzindo cada vez mais, basta ver que em 2010 a expectativa é de 15 anos e depois da covid-19, oito anos. Tudo isso mostra que as empresas precisam o tempo todo se reinventar até mesmo na forma de fazer RH. Faz parte da estratégia de sobrevivência”, finaliza ele.

Comments


bottom of page