Léa Lobo, head de conteúdo da Revista InfraFM, falou sobre o tema durante sua palestra no evento Smart Meeting – Inovação no mercado de Real Estate, realizado pela Pitney Bowes
De acordo com Léa, Facilities desempenha papel crucial e impacta em diversos aspectos desse mercado, como na eficiência operacional, no valor de locação e taxa de ocupação, na gestão de riscos e na manutenção e valorização dos ativos, entre outros. “É fundamental que as empresas entendam o valor de mercado de um escritório e também de outros em seu entorno. Para isso, Facilities é essencial”, analisa ela.
Léa lembra que há empresas necessitando de mais espaço, enquanto outras estão reduzindo por conta da estratégia híbrida. “Costumo dizer que o metro quadrado caro é aquele que não se usa, por isso cada companhia precisa avaliar sua estratégia para entender o que se encaixa em sua realidade e expectativas – até porque mudar custa caro”, afirma a head de conteúdo.
Ela prossegue dizendo que há uma crescente demanda com aumento da robotização: muitos espaços vazios, como terrenos e propriedades. “Daí a pergunta: podemos fazer outra coisa nesse espaço? Como sublocar, por exemplo? Por isso, as empresas precisam contar com Facilities, saindo mais da operação e respondendo esse tipo de questionamento”, diz ela.
A executiva defende ainda um censo corporativo, visando entender as pessoas que trabalham nos espaços: como é a sua mobilidade, como chegam ao trabalho e como é possível acomodá-las da melhor maneira possível.
“As companhias têm interesse em fazer seus colaboradores chegarem bem no escritório, e não que cheguem estressados. É preciso levantar a faixa etária, o sexo, se trabalham 100% remoto, presencial ou híbrido. Isso faz diferença para que as decisões sejam tomadas da forma mais assertiva possível”.
Ela exemplifica que uma empresa que deseja atingir índice de emissão de carbono zero deve procurar saber como seus colaboradores fazem para chegar ao trabalho e quanto eles emitem de CO2. “Se cada colaborador vai trabalhar de carro e emite 1,6 kg num deslocamento de 20 km, significa que é preciso pensar em outras dinâmicas para atingir seu objetivo”, reflete a porta-voz.
Lea também destaca a economia compartilhada, impulsionada pela tecnologia e pela conectividade proporcionadas pela internet e por aplicativos móveis, que facilitam as transações e interações. Para ela, essa abordagem colaborativa tem impacto na mobilidade compartilhada, causando mudanças significativas para as empresas que podem ser abraçadas pelo setor de Facilities. “A economia do compartilhamento está diretamente ligada a tudo isso”, finaliza a executiva.
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